“Leigh [Brackett] me ensinou a escrever histórias de verdade. […] Aprendi com ela a reduzir as minhas e a planejá-las.” — Ray Bradbury, autor de Fahrenheit 451
Quando uma guerra nuclear obriga os humanos sobreviventes a se agrupar em comunidades
rurais restritas, a população passa a viver da terra e a colher da palavra divina. Temerosos, os Estados Unidos incluem uma emenda à Constituição que
proíbe a formação de grandes cidades e que, por consequência, execra toda tecnologia que não for mais do que necessária. Rádios, televisões, veículos e eletricidade tornam-se apenas memórias de outro tempo.
Incitado pelas provocações do primo e pelas histórias da infância da avó, o pequeno Len Colter decide descobrir quais são os segredos desse passado não tão distante que os mais velhos protegem sussurrando — e até matando. Contudo, o caminho do transgressor é sempre o mais longo e difícil. Será preciso atravessar regiões inóspitas e enfrentar realidades violentas em busca de uma cidade proibida de que o garoto apenas ouviu falar, cuja existência sequer tem certeza de ser
verdadeira.
Publicada por uma das pioneiras da ficção científica em 1955, mestra direta de Ray Bradbury, esta obra ressoa a ameaça nuclear que assombrou o mundo no século 20 e prova que a solução para uma pessoa sair das ruínas por vezes é ir contra aquilo em que ela acreditou durante toda a vida.