O livro Eu sou a Lenda, do romancista norte-americano Richard Matheson, é uma das mais importantes obras do horror e da ficção científica, originalmente lançada em 1954 e deu origem a três adaptações para o cinema.
O clássico, que influenciou a obra de grandes mestres do horror como Stephen King e George A. Romero, recebeu uma edição especial em capa dura e alguns extras: uma entrevista concedida por Matheson na qual ele fala sobre as influências e as adaptações do romance para o cinema e uma crítica do professor Mathias Classen, da Universidade de Aarhus, Dinamarca, analisando as questões bioculturais do romance.
A obra de Matheson – um dos principais autores do século XX – modificou o modo de fazer filmes e livros de horror atualmente. O uso da ciência, como a medicina e a biologia, para explicar o surgimento dos vampiros, utilizada em Eu Sou a Lenda, oferece ao público um viés mais realista e possível, diferente de grandes nomes do gênero como H. P. Lovecraft, que tem suas raízes no sobrenatural. Sua influência é tão grande, que, mesmo com a obra citando somente vampiros, ela formou o imaginário do que seria um apocalipse zumbi.
A história se passa em um futuro não muito distante, quando todo o mundo é assolado por uma impiedosa praga. Homens, mulheres e até crianças são transformados em monstros carnívoros, e é nesse cenário pós-apocalíptico, tomado por criaturas da noite sedentas de sangue, que Robert Neville se torna o último homem na Terra e passa os dias em busca de comida e suprimentos, lutando para manter-se vivo e são. Mas os infectados espreitam pelas sombras, prontos para acabar com o último bastião da humanidade.