Box Clássicos da distopia
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Neste box inédito reunimos três dos maiores clássicos da literatura distópica: Laranja mecânica, de Anhtony Burgess; 1984, de George Orwell; e Nós, de Ievguêni Zamiátin. Com design de Butcher Billy, a coleção é um excelente ponto de partida para quem quer se aventurar por esse universo extraordinário e perturbador.
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SINOPSE

Obra máxima de George Orwell, 1984 é um dos livros mais influentes do século 20. Eternizada pela crítica ao totalitarismo e à usurpação dos direitos individuais, esta distopia assustadora marcou toda uma geração de leitores. Em uma sociedade extremamente regulada e aterrorizada por um regime totalitário, Winston Smith se sente encurralado. Funcionário público no Ministério da Verdade, onde trabalha alterando documentos para atender aos interesses do Partido, ele se vê desiludido com o sistema e com a própria existência.
O desejo de se rebelar, porém, esbarra na constante vigilância das teletelas e no aparato repressivo do governo, que transformou a liberdade e a individualidade em crimes e persegue quem ousa desafiar as suas regras. Ao se aventurar em um romance secreto com Julia, com quem partilha o desprezo pelo Partido, Winston percebe que sua ânsia pela verdade pode se tornar uma possibilidade real de mudança. Mas combater o regime não será nada fácil, e o Grande Irmão cobrará seu preço.

Nós, escrito por Iêvgueni Zamiátin, é a distopia original que inspirou desde grandes clássicos do gênero – Admirável Mundo Novo, 1984, Laranja Mecânica e Fahrenheit 451 – até livros mais recentes – Divergente e Jogos Vorazes. A obra, esgotada há anos no mercado brasileiro volta em uma edição de luxo com texto traduzido direto do russo e duas leituras complementares. A primeira é uma resenha do livro escrita por George Orwell, autor de 1984, originalmente publicada na revista londrina Tribune em 1946. Orwell ressalta a ousadia política de Nós e indica alguns dos incontáveis aspectos em que Zamiátin inspirou Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. Há também uma comovente carta enviada por Zamiátin a Stálin, pedindo para sair da União Soviética, onde todas as suas publicações estavam sofrendo perseguição política. “Se eu for verdadeiramente um criminoso que merece punição, não creio que mereça uma punição tão grave quanto a morte literária. Por isso, peço que essa sentença seja comutada pela deportação da URSS”, escreve. Em suas páginas, o autor imaginou um governo totalitário chamado Estado Único que, supostamente pelo bem da sociedade, privou a população de direitos fundamentais como o livre-arbítrio, a individualidade, a imaginação, a liberdade de expressão e o direito à própria vida. Um mundo completamente mecanizado e lógico, onde as pessoas não possuem nomes, mas sim números, e o Estado dita os horários de trabalho, de lazer, de refeições e até de sexo. A trama traz a história de D-503, um engenheiro que vive pleno e feliz (exatamente como ordena o grandioso Estado Único), mas começa a duvidar das próprias convicções ao conhecer uma misteriosa mulher que comete a ousadia de bular regras, e que o contamina com a doença chamada imaginação.

Uma das mais brilhantes sátiras distópicas já escritas, Laranja Mecânica ganhou fama ao ser adaptado em uma obra magistral do cinema pelas mãos de Stanley Kubrick. O livro, entretanto, também é um clássico moderno da ficção inglesa e um marco na cultura pop, que ao lado de 1984, de George Orwell, Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, e Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, representa um dos ícones literários da alienação pós-industrial. Alex é o jovem líder de uma gangue de adolescentes cuja diversão é cometer perversidades e atos de violência pelas ruas de uma cidade futurista governada por um Estado repressivo e totalitário. Depois de cometer um crime que termina em um assassinato, ele acaba preso pelo governo e submetido a um método experimental de recondicionamento de mentes criminosas, que se utiliza de terapia de aversão brutal. Brilhante, transgressivo e influente, o livro traz uma visão assombrosa do futuro contada em seu próprio léxico inventivo chamado “nadsat”, que mescla gírias de gangues inglesas e palavras russas. O filme homônimo de Stanley Kubrick teve como base as primeiras edições americanas deste livro, que por conta da insistência dos editores americanos, tiveram o capítulo final suprimido, acreditando que um final sem redenção para Alex seria mais realista. Esta edição, entretanto, mantém o capítulo final original.

DETALHES DO PRODUTO

Tradução: Gabriela Soares, Fábio Fernandes, Aline Storto Pereira
Capa: Butcher Billy
Acabamento: Brochura
Páginas: 1016
Dimensões: 14x21x7cm

Anthony Burgess

Anthony Burgess nasceu em Manchester, Inglaterra, em 1917. Formou-se em Literatura Inglesa pela Universidade de Manchester, serviu no Exército e, entre 1954 e 1960, trabalhou como professor junto ao Serviço Colonial Britânico na Malásia. Ao retornar à terra natal, recebeu a notícia de que tinha um tumor no cérebro. Desenganado, Burgess passou a escrever intensamente para garantir o sustento da esposa após sua morte. Foi nesse período que concebeu Laranja Mecânica (1962). Mas o diagnóstico estava errado, e o autor viveu até os 76 anos. Ao morrer, em 1993, Burgess deixou uma grande obra em quantidade e qualidade, entre romances, peças de teatro (inclusive uma adaptação de Laranja Mecânica em versão musical), estudos literários e roteiros de cinema e TV. A fusão de linguagens e idiomas para a criação de novos dialetos também são uma característica marcante de seu trabalho, sendo o nadsat uma mescla gí­rias de gangues inglesas e palavras do idioma russo que deu vida a Alex e seus druguis um legado que é conhecido e até hoje revisitado.mostrar menos